quarta-feira, 30 de junho de 2010

Fortes emoções

Não tem como explicar o tamanho da emoção que tive ao conhecer o Edgar Vivar, o famoso Srº Barriga, pessoalmente! O encontro deu-se no dia 22/04/2010.

Chegando...

A chegada de um novo ser está me fazendo pensar em tudo que á passei: as provas, as expiações, enfim, tudo.
Dentro das minhas possibilidades eu vou ter que dar o melhor de mim para que ele não passe pelas mesmas situações que eu passei, sempre com uma colherzinha de aprendizado.
Ele será muito amado por mim e por todos!

De volta à dura realidade

Depois de um tempo sem postar sobre as fortes emoções da minha vida, por causa do conto "O rapaz do cabelo comprido", estou de volta para compartilhar com meus leitores, um pouco das minhas emoções.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Meu melhor amigo

Não passa desapercebida
Esta verdade singular
Eu tiver que carregar
Comigo toda a vida.


Verdade incontestável
Que com roupas de egoísmo
Se disfarça de heroísmo;
Pois tem que haver paciência
Para livrar a existência
Carregando o elegantismo.


Em nenhum momento deixo
De ser eu minha companhia.
Eu olho dia após dia
ao mesmo homem no espelho.


Talvez um pouco mais velho
E um pouco mais enrrugado
Mais inútil, mais cansado,
Mais surdo, mais sonolento,
Mais distraído, mais lento;
Em resumo, mais usado.


Mas há algo singular
Dentro desta situação
O costume da ocasião
Para contemporizar.


Mas ele há de confessar
Que de tanto viver comigo
Justifica o que hoje eu digo
Na forma de confidência:
Que na força da convivência
Eu sou meu melhor amigo.


Poema do mestre Roberto Bolaños (Chespirito), traduzido e adaptado

domingo, 27 de junho de 2010

"O rapaz do cabelo comprido" 12ª parte - FINAL

O momento estava mais clichê do que podia, o céu do fim de tarde estava acinzentado por causa da ameaça de chuva. O clima de tristeza do cemitério era ainda mais forte no velório de Felipe. À esquerda do caixão estavam os pais sendo amparados por outros parentes, à direita estavam alguns de seus inúmeros amigos e do lado de fora da capela estavam aqueles que não conseguiram entrar para dar seu último adeus a Felipe.
Tales estava em casa decidindo se iria ou não velar o amor de sua vida. De volta ao cemitério, os pais de Felipe deram ordem para que o cortejo seguisse até o jazigo da família. Quando o caixão estava a ponto de ser baixado, a mãe de Felipe viu Tales acompanhando o sepultamento de longe e se aproximou dele.


"Você não vai se aproximar?" - perguntou.

"Não sei se quero." - respondeu com os olhos cheio de água.

"Felipe te amava, isso não faz com que você queira dar um última adeus a ele?"
"Minha senhora, eu... também amava o Felipe, mas prefiro guardar... na..na...na lembrança os maravilhosos... momentos em que estivem um na companhia um do... outro. Sei que ele está de acordo com a minha decisão." - disse Tales quase sem conseguir falar de tanto que chorava.

"Eu te entendo, rapaz!" - disse a mãe de Felipe que em seguida voltou ao sepultamento de seu filho.

Tales acendeu um cigarro e ficou chorando com seus pensamentos. Ele sabia que a dor e o choro não trariam Felipe de volta, sabia também que Felipe havia sido apenas o primeiro amor de sua vida. Não tinha certeza se iria querer um novo amor, afinal o rapaz do cabelo comprido, que ele tanto desejara e conseguira se relacionar, marcou sua vida de um jeito que ninguém saberia explicar, nem mesmo o próprio Tales.




Soneto de despedida

De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas úmidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez-se a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.
De repente, não mais do que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.
(Vinícius de Moraes)




sexta-feira, 25 de junho de 2010

"O rapaz do cabelo comprido" 11ª parte

A situação em que Tales encontrou Felipe não era nem um pouco agradável, ele estava respirando com a ajuda de uma máscara de oxigenio e pra piorar seus lindos e compridos cabelos negros se reduziram a uma careca induzida pelo forte tratamento com os remédios receitados.
Uma lágrima correu no rosto de Tales e o mesmo pediu que a mãe de Felipe o deixasse sozinho no quarto. Felipe adormecia quando Tales chegou bem próximo a ele e lhe deu um beijo na testa. Felipe acabou acordando. "Me perdoe, não queria que você soubesse da minha doença."- disse o rapaz. "Não me importo com isso, me importo em saber se você está bem ou não." -respondeu Tales, agora chorando. "Me desculpe pela forma como minha mãe te avisou sobre isso tudo, e eu já sei que você não está doente." - disse Felipe. "Como você sabe disso? Sua mãe te contou?" -perguntou Tales.
"Vou te contar como eu contraí essa doença. Um pouco antes do nosso primeiro encontro, eu ia para as ruas para me prostituir e com isso ajudar a pagar a escola da minha irmãzinha até que um dia, um cliente me pagou 1000 reais para tranzar com ele sem camisinha. Eu nunca havia recebido uma proposta dessa dimenção, a tentação foi maior e eu cedi a ele. No dia seguinte, quando eu acordei no quarto do motel, ele tinha ido embora e deixou apenas um bilhete que dizia 'Seja bem-vindo ao mundo da Aids'. Quando eu sai do motel, não conseguia mais pensar em nada até que você apareceu e eu decidi largar dessa vida e procurar um emprego honesto. Da primeira vez que você me viu, eu estava indo ao médico para ter a confirmação de que estava doente, e estava. Como eu não queria que você contraísse essa doença, eu usei o preservativo com você, porque você me mostrou um outro lado da vida que eu jamais havia imaginado que existia, um lado da vida em que o amor, o carinho, a atenção e a dedicação predominam sobre quaisquer outras coisas."
Enquanto Felipe dizia tudo aquilo, Tales não conseguia parar de chorar e não sabia o porquê disso. Naquele momento, a emoção falava mais alto em seu coração. Felipe segurou as mãos de Tales e lhe disse: "Por favor, me perdoe pelo sofrimento que estou te causando. Minha intenção não era essa, mas você sabe que as doenças em geral não escolhem o momento certo para darem alguma complicação. O meu momento foi esse!" -disse chorando também.
Quando acabou de falar Felipe deu um breve suspiro e faleceu, com aquele que era o verdadeiro amor de sua vida, segurando suas mãos.

terça-feira, 22 de junho de 2010

"O rapaz do cabelo comprido" 10ª parte

Tales entrou em sua casa como se fosse um foguete, correu para seu quarto e se deitou na cama. As lágrimas percorriam cada parte de seu rosto antes de se desfazerem nos lençois da cama. Tirou um peso enorme da consciência: ele não havia contraído o vírus da AIDS!
Naquele momento Tales não conseguia pensar em mais nada, só no fato de não ter essa maldita doença caminhando por cada parte de seu corpo.
Um pensamento preocupante veio à sua cabeça: Felipe. "Como está? Está bem? É muito grave? Ele vai voltar pra casa logo?" Tales resolveu procurar a mãe de Felipe para saber como ele estava, claro que com o resultado de seu exame em mãos para acabar com a suspeita que a velha senhora deveria ter.
Pouco depois da hora do almoço, Tales se sentou na calçada em frente à sua casa an esperança de ver a mãe de Felipe passar. Espera um pouco, esta história está se repetindo na mente de Tales. Foi com uma atitude parecida que ele conhecera Felipe. Pensamentos vão, pensamentos vem e finalmente ele avistara de longe a mãe do rapaz do cabelo comprido que o fizera feliz em algumas ocasiões.
"Eu, moça!" - e correu em direção à mulher?
"O que você quer, seu destruidor de lares?" - perguntou sem parar de andar.
"Quero apenas que a senhora veja isto!" - E entregou para ela o resultado de seu exame.
A mulher parou de andar e pegou o envelope. O abriu e viu escrito: NÃO REAGENTE, em seguida a mulher começou a chorar e deu um abraço apertado em Tales, o que o deixou um pouco confuso e desconcertado.
"Me desculpe por fazê-la chorar, mas assim que eu soube a situação de Felipe resolvi fazer esse exame para poder começar um tratamento para não deixar essa doença evoluir. Mas como a senhora pôde ver, não estou doente!" - disse.
"Me perdoe a arrogância e a petulância, mas como as pessoas viram Felipe saindo de sua casa, me passou pela cabeça que você havia infectado ele com esse doença horrível!"
"Como ele está?" - perguntou.
"Veja com seus próprio olhos! Estou indo ao hospital para vê-lo, pode me acompanhar?"
Sem hesitar, Tales concordou com a mulher e a seguiu até o hospital para saber como estava Felipe. No caminho, a mulher foi falando de como seu filho era bom e misterioso ao mesmo tempo.
Enfim chegaram ao hospital e rumaram para o quarto em que Felipe estava hospitalizado. Na hora em que Tales abriu a porta e viu Felipe, seu amado, deitado na cama e com um respirador de oxigênio, não se onteve e chorou. O estado de Felipe parecia muito grave.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

"O rapaz do cabelo comprido" 9ª parte



Após ter recebido aquela notícia e mil perguntas terem passado por sua cabeça, Tales resolveu fazer um exame para saber se estava ou não com o vírus da AIDS, mas teria que fazê-lo antes que seus pais voltassem para que não desconfiassem de nada.
Na manhã seguinte, Tales foi a um laboratório para fazer o tal exame. Ele se sentou na cadeira, para retirada de uma amostra do sangue, com o coração quase saindo pela boca. A enfermeira que o atendeu, uma senhora gorda por volta dos seus 50 anos, percebeu o nervosismo de Tales e o acalmou dizendo que aquele procedimento era normal e que não significava que ele estava com a doença. Tales ficou mais tranquilo com as palavras da enfermeira, mas não via a hora de terminar aquilo tudo e pegar o resultado. Acabou, enfim!
"Por favor, volte daqui a 15 dias para pegar o resultado do seu exame." - disse a enfermeira.
Tales saiu do laboratório com a certeza de que aqueles 15 dias seriam os mais demorados de sua vida, e estava certo. Nas 2 semanas que se passaram, Tales não conseguira pensar em mais nada. Não conseguiu se concentrar nos estudos, não fez suas tarefas doméstica, nada.
Até que o dia da entrega do resultado chegou. Tales voltou ao laboratório e a mesma enfermeira que o atendeu da vez passada, lhe chamou numa sala reservada para a entrega do resultado.
"Você é virgem?" - perguntou a mulher.
"Não sou." - respondeu com certo constragimento.
"Você já fez sexo sem camisinha?" - outra pergunta.
"Claro que não, justamente para não contrair algum tipo de doença!" - retrucou um pouco nervoso.
"Você fez sexo oral sem camisinha?" - perguntou, novamente, a enfermeira gorda.
"Sim." - Tales se encolheu na cadeira para dar a resposta.
"Você sabia que, não só a AIDS, mas também outras doenças sexuais podem ser transmitidas pelo sexo oral?" - a mulher começou a dar medo em Tales.
"Não." - estava quase deitado no chão de tanta vergonha e nervosismo.
"Pois então, aqui está o resultado do seu exame." - disse.
A enfermeira jogou o resultado sobre a mesa e saiu da sala logo em seguida deixando Tales sozinho num lugar de mais ou menos 10m².
Tales pegou o resultado e saiu em disparada para o lado de fora do laboratório e começou a caminhar de volta para casa sem abrir o envelope.
Quando chegou em um praça perto de sua residência, Tales se sentou em um banco e finalmente abriu o envelope com o resultado de seu exame.
Ao ver o resultado, Tales arregalou os olhos e correu para dentro de sua casa. Qual teria sido o tão aguardado resultado?

domingo, 20 de junho de 2010

"O rapaz do cabelo comprido" 8ª parte

Depois de terem feito um delicioso amor, Tales e Felipe ficaram alguns minutos abraçados e envoltos por um mar de nectar do sexo.
Felipe se levantou em direção ao banheiro para se limpar e poder ir embora quando se virou para Tales e disse: "Esse foi o melhor sexo que já tive, gatinho! Você sabe o que faz!". "Mas eu nunca fiz isso, você foi o primeiro que tive na minha vida!" disse Tales. Os dois foram para o banheiro e tomaram banho juntos.
Tales estava adorando a situação: o cara de seus sonhos em sua casa, em sua cama e dizendo tais coisas. Depois daquilo, alguns dias se passaram sem que Tales soubesse alguma notícia sobre Felipe. Ele já estava ficando impaciente.
Numa tarde, Tales estava chegando da rua quando viu uma senhora com aparência nervosa no portão de sua casa. "Deseja alguma coisa, moça?" - perguntou. "Você é o Tales, não é?" - disse a mulher - "Pois saiba que meu filho foi visto saindo de sua casa a alguns dias atrás e agora ele está internado no CTI porque descobriu que está com o vírus do HIV!"
Naquele momento, Tales não sabia se chorava por Felipe ou por si próprio afinal, o vírus do HIV é sexualmente transmissível.
A mulher foi embora e Tales entrou pra casa com aquilo na cabeça. Será que ele também tem o vírus da Aids?

quinta-feira, 17 de junho de 2010

"O rapaz do cabelo comprido" 7ª parte


Aquilo tudo estava ficando tão intenso que Felipe tirou, da carteira, uma camisinha e perguntou para Tales o que ele gostaria de fazer. Tales não sabia o que responder, afinal, aquela seria sua primeira experiência com outro rapaz. "O que VOCÊ quer fazer?" - perguntou Tales. "Eu quero entrar em você" - disse o rapaz.
Tales concordou com a proposta e então Felipe colocou o preservativo em seu sexo e pediu que ele ficasse em uma posição que o deixasse o mais confortável possível. Quando Felipe começou a penetrar em Tales, o rapazinho sentiu uma enorme dor seguido de um prazer incomparável que o fez delirar! A junção dos corpos, o suor constante, o tesão, as carícias!
Num momento inesperados, Tales e Felipe expeliram o néctar do sexo ao mesmo tempo, cada um à sua forma. Ele se beijaram, se olharam e deram um longo abraço. Eles estavam apaixonados um pelo outro. Bom, pelo menos era o que aparentavam.


quarta-feira, 16 de junho de 2010

"O rapaz do cabelo comprido" 6ª parte


Na manhã seguinte Tales acordou com uma felicidade que jamais pensou ter em algum momento de sua vida, afinal o que ele tanto sonhou finalmente aconteceu: um encontro com Felipe, o rapaz do cabelo comprido.
O pensamento de Tales, naquele momento, era voltado só para Felipe e vários questionamentos iam e vinham constantemente até o momento em que ouvira a campanhia de sua casa tocar. Ele foi ver quem era e teve uma ótima surpresa: era Felipe!
"Como você descobriu onde eu moro?" - foi o que Tales o perguntou antes mesmo de lhe saudar com um simples 'oi'. "Ah, rapazinho...eu sei muito mais sobre você do que pode imaginar!"
Tales convidou Felipe para entrar e este aceitou o convite apenas porque os pais do rapazinho estavam em viagem de negócios. Aquela situação toda estava acontecendo muito rápido e deixava Tales,ainda, um pouco confuso. Ambos se sentaram na sala de estar e passaram-se alguns minutos sem que uma palavra fosse dita por eles.
Quando Tales resolveu puxar um assunto, Felipe foi logo para cima dele e o beijou com ares de apaixonado. O rapazinho adorou aquilo tudo e retribuiu o beijo na mesma intensidade. "Vamos para o meu quarto!" - disse - "Aqui não é nenhum um pouco confortável!". Sem exitar, Felipe aceitou o convite e os dois foram em direção ao quarto para alguma coisa que só o momento iria dizer o que é extamente.
Ao chegarem no quarto, Felipe e Tales começaram a tirar suas roupas em um ritmo jamais visto antes pelos dois e quando se deram conta já estavam nús, abraçados e deitados na cama.
Tales começou a explorar cada parte do corpo de Felipe: começou beijando-lhe a boca, desceu para o pescoço, o que deixou Felipe excitadíssimo, deu-lhe uns beijinhos e umas mordiscadas no mamilo e finalmente chegou ao sexo do rapaz. Mais uma vez Tales se surpreendeu: o sexo de Felipe era grande e bonito, algo que Tales jamais vira. O sexo oral em Felipe durou cerca de 10 minutos mais ou menos. Tales estava mesmo afim daquilo que fazia e Felipe delirava com o vai-e-vem dos lábios do rapazinho.

terça-feira, 15 de junho de 2010

"O rapaz do cabelo comprido" 5ª parte

Tales, apesar de retribuir o beijo dado, não sabia o que fazer. Apesar de a situação ter passado por sua cabeça, Tales fora pego totalmente de surpresa. Depois de alguns minutos nos lábios do rapaz, que agora estava com o cabelo comprido todo despenteado, Tales lhe deu um leve empurrão. "Porquê? Como? Não estou entendo nada!" - disse querendo obter alguma explicação. "Assim como fez, eu também me interessei por você, mas fiz parecer o contrário."
A cabeça de Tales estava confusa e seu orgão genital, ereto. Ele queria dar continuidade ao que faziam, mas lá no fundo ele não queria por medo de algo de ruim acontece.
"Isso está errado, era pra você não dar bola pra mim." - indagou Tales. "Se você quiser eu posso ir embora" - respondeu o rapaz. "Não estou dizendo isso, é que isso era uma coisa da minha imaginação e...". Quando Tales ia ompletar o que estava falando, o rapaz do cabelo comprido ser recompos e saiu correndo e direção à porta. "Aonde você vai? Nós vamos nos ver de novo?" - perguntou esperançoso. "Tenho umas coisas a fazer. Nos veremos outra vez, sim." E saiu. Tales começou a andar, quando ele apareceu na porta e disse: "A propósito, meu nome é Felipe!" E saiu novamente.
Tales então saiu da contrução feliz pela situação e por finalmente sabe o nome do rapaz do cabelo comprido: "Felipe...então seu nome é Felipe!".
Tales voltou para sua casa, afinal o tempo passara rápido e já era noite, tomou banho e foi dormir com a lembrança daquilo que aconteceu hoje a tarde.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

"O rapaz do cabelo comprido" 4ª parte

E então, o rapaz já estava um pouco distante quando Tales respirou fundo e decidiu ir atrás para ter a tal conversa tão sonhada. Tales começou a segui-lo e depois de uns 15 minutos de caminha viu o rapaz entrar em uma construção com aspecto de abandono. "Será que eu devo entrar como quem não quer nada?" - pensou Tales. Nesse momento mil coisas passaram por sua cabeça: o que estaria fazendo naquela construção o tão sonhado rapaz de cabelo comprido?
Não pensou muito e entrou, andou por alguns dos comodos e se deparou com o rapaz parado, no que seria a cozinha, olhando-o. "E então? Vais ficar me olhando ou vai dizer alguma coisa?" Naquele momento o coração de Tales estava prestes a sair pela boca. "Ele vai me bater!"- pensou Tales numa possível consequência de seu atrevimento.
Ao reparar o nervosismo de Tales, o rapaz o tranquilizou com seu sotaque gaúcho. "Não vou te machucar, vi que ontem você me olhava e que hoje tinha alguma coisa para me falar. Bom, aqui estou, o que você quer me falar? Melhor, o que você quer fazer comigo?" disse.
Assim que terminou de falar, o rapaz pegou as mãos de Tales e as colocou em seu ombro e lhe deu um demorado beijo, pegando o menino de surpresa.

domingo, 13 de junho de 2010

"O rapaz do cabelo comprido" 3ª parte

No dia seguinte Tales acordara com uma ansiedade que o consumia de um jeito inimaginável, afinal ele tentará conversar de algum jeito com o tão sonhando rapaz do cabelo comprido que ele vira no dia anterior.
Durante o dia, Tales não consegui realizar nenhuma de suas tarefas corriqueira o que gerou uma tensão básica com seus pais. Tales almoçou como se fosse um pato, não engoliu a comida de tanta pressa em sair para encontrar o tal rapaz. Em seguida, se arrumou e correu para a rua para esperar o dito cujo passar. O rapaz não passou na hora que passara ontem, Tales ficou esperando-o por exatos 47 minutos a mais do que o horário anterior até que o avistou de longe. O rapaz estava trajando uma camisa regata que deixava seus tímidos músculos a mostra com uma bermuda folgada, o que atiçou ainda mais os desejos de Tales.
"É agora!" - pensou Tales - "É hoje que eu ouço pelo menos uma palavra daquele que teve ter uma linda voz!".
A cada passo que o rapaz dava o coração de Tales acelerava de modo a parecer ter um enfarto. Enfim, quando o moço passou por ele, Tales abriu a boca pra falar, mas o nervosismo o tomou e ele não teve coragem suficiente para perguntar as horas.