sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Carta de um filho arrependido para uma mãe magoada


Perdoa meus atos
Me absolva da culpa
Agora que uni os fatos
Vi que minha vida é sua

Perdi o que tenho de bom
Arrependido estou
Da sua voz quero o som
Aos seus braços correndo vou

Minha alma, minha palma
Quero voltar para ti
Abraça-la, beija-la com calma

Você me deu a vida
Eu não soube aproveitar
O que quero, mãe, é voltar e te amar

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Aquela música

Aquela música que sempre toca quando nos encontramos, parou de tocar sem explicações.
A última gota daquele vinho que gostávamos tanto, secou de tanto esperar para ser bebida.
Não sei o que deve ser feito para a situação ser revertida.
Creio que devemos seguir nossas vidas, lembrando sempre que a cordialidade deve permanecer.
Quando no olharmos, por acaso, quando nosso caminhos se cruzarem, em nosso pensamento virá tudo o que passamos e que é digno de ser lembrado.

(Pedro de Abreu)

Oscilação

A energia que faz nosso país funcionar está oscilando.
Como o coração.
Às vezes está aceso, às vezes está apagado e às vezes nem se mexe.
Assim como a energia, o mau uso do coração faz com que a conta chegue cara.
Não poderemos lamentar.
Devemos nos conformar e pagar a conta cara e esperar para que a próxima saia mais barata.

Austerabilidade

Todos os problemas se misturam numa nuvem austera de confusões fazendo com que se subtraiam soluções e a luz no fim do túnel se apague.
A vulnerabilidade da alma permite a entrada de solavancos inesperados que fazem juz ao estado atual do coração.
O coração fraqueja, mas tenta não cair.
Sinto que algo bom está para acontecer.
O que pode ser?

(Pedro de Abreu)