quarta-feira, 22 de julho de 2015

Eu, eu mesmo, Você e a gente

Encontrei você.
Encontrei você quando menos esperava.
Encontrei você quando mais precisava.
Encontrei você quando meu coração parava.
Encontrei você.

Tenho você.
Tenho você só pra mim.
Tenho você até o fim.
Tenho você comigo assim.
Tenho você.

Quero você.
Quero você pra sempre.
Quero você na mente.
Quero você e a gente.
Quero você.

sábado, 10 de agosto de 2013

O que querem de nós?

O que querem de nós? Estudo, trabalho, relacionamento... São tantas coisas que querem para nós que não temos tempo e espaço para ter nossas próprias vontades. Querer para outra pessoas é o mesmo que desejar para outra pessoa? A experiência que tem os mais velhos são, realmente, importantes para nós que estamos começando a vida? Dizem que a vida é feita de escolha, certas ou erradas, mas quase não nos é permitido escolher e acertar, ou escolher e errar.
Não me importo de errar. Darei muitos socos nas pontas das facas, mas aprenderei com isso. Aprenderei da minha maneira, do meu jeito. Cada pessoa aprende de uma forma, por isso acho que devem deixar com que cada um escolha por si só. Os outros não devem interferir no que possamos vir a escolher, podem dar uma opinião, mas nunca interferir.
Ficamos com raiva, medo, angústia, cada vez que querem para a gente. Queremos o nosso espaço, o nosso tempo para querer alguma coisas. Uns podem ser rápidos em tomar decisões, outros podemos ser mais lentos e outros podem nem querer tomar decisões. Assim é a vida! As pessoas são diferentes! Não adianta esperar que eu seja igual aos outros, se não sou os outros, se sou único no mundo!
O que querem de nós? Por quê as pessoas ao nosso redor criam tantas expectativas para nós? Me deixem decidir sobre a minha própria vida! Decidam, e escolham, apenas para vocês mesmos. Quero errar, quero acertar. Quero fracassar, quero ter sucesso... Tudo ao meu tempo. Queiram que eu seja feliz, desejem coisas boas para mim, desejem que eu me dê mal (para os que curtem ser assim), mas não o façam no meu lugar. Cabe a mim, somente, conduzir a minha vida da forma que eu achar conveniente!
O que querem de nós? O que quero de vocês? O que quero de mim mesmo?

(Foto retirada do Google Imagens)

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Essa tal de razão

Quem é essa tal de razão que todos falam que devemos pensar e agir com ela?
Essa pergunta só pode ser respondida por alguém que deixa de lado o coração, dando lugar apenas ao cérebro. Claro, todos sabem que as emoções, às vezes, nos colocam em situações difíceis, mas será que a razão só nos traz benefícios? A verdade, pelo menos a minha, é que não podemos nos guiar apenas pela razão ou apenas pela emoção. Os excessos são prejudiciais. Muito emoção nos impede de ver a realidade, ao mesmo tempo em que pouca, ou nenhuma, emoção nos impede de ver o que há de bonito em tudo.
O mais importante é viver! Não importa se você é emotivo ou racional, o que importa é a vida! Sorria com a razão e chore com a emoção, mas viva! Depois você decide se vai ser guiado, no que estiver acontecendo, por essa tal de razão ou por essa tal de emoção! Viva como é preciso viver: com equilíbrio!

(Imagem retirada do Google Imagens)

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Simples, mas de coração...

Já encontrei por aí muitos blogs bonitos, com Layouts maravilhosos e diversas funções que facilitam a leitura dos seguidores e visitantes. Meu blog, ou melhor dizendo, meu espaço para escrever o que sinto, é simples, não tem botões, desenhos coloridos e muito menos, é um sucesso de visitas. Um fundo preto, letras brancas, poucas ferramentas... Nada disso me importa!
Não escrevo para as outras pessoas. Escrevo para mim mesmo, para que minhas histórias, emoções e sentimentos não se percam com o tempo. Escrevo o que eu gostaria de ler por aí, o que me agradaria. Não sei se escrevo bem, se me expresso com clareza, se a concordância está correta a todo momento... O que sei é que coloco a minha alma, o meu coração.
Os blogs que são super modernos e bonitos tem minha admiração, mas eu prefiro, infinitamente mais, ficar com meu blog simples e humilde, mas que permite com que eu me expresse da forma que me deixar confortável e tranquilo. 
Como diz a mensagem da atriz Florinda Meza, sejam felizes e sintam-se realizados com o que já tem. Tendo algo simples, mas feito com o coração, é a prova de que não é necessário ter algo grande e bonito para ter qualidade.


segunda-feira, 29 de julho de 2013

Os sons do silêncio - 3ª parte

Sentado ao piano, podia ouvir uma conversa entre meus pais na sala ao lado. Não estava preocupado com isso, mas pude ouvir minha mãe dizendo que achava que alguma coisa estava acontecendo comigo. Meu pai disse que a 1 semana que não saía do quarto. Como assim, 1 semana?! Ontem mesmo eu estava me apresentando para alunos e professores da Academia!
Nesse momento me dei conta de que, realmente, eu não saía de meu quarto a 1 semana. Foi quando resolvi ir ao banheiro. Não me reconheci quando fiquei em frente ao espelho. Meus cabelos estavam maiores e bagunçados, minha barba quase chegava ao pescoço e as olheiras denunciavam as noites sem dormir. Pus as mãos sobre a pia e só consegui pensar em minha tão sonhada sinfonia. "Prometi que não saía até compôr a mais perfeita das sinfonias e irei até o fim!" - Pensei.
Quando estava cruzando o corredor para chegar ao meu quarto, minha mãe veio em minha direção com os olhos marejados e os braços abertos para me abraçar. "Tenho muito o que fazer. Não posso perder tempo com abraços. Com licença!" Ela se ajoelhou e começou a chorar. "Meu filho, por favor, você está exagerando com essa história de composição!" - Disse. Fechei a porta do quarto e me sentei, novamente, ao piano. Olhei a partitura em branco e decidi tocar a "Ópera Arepó", de André Abujamra e conduzida por Renato Lemos, para ver se surgia alguma inspiração.
Toquei essa ópera por várias horas, mas nada se criava em minha mente. Aumentei a frequência das notas, mas nada. Estava dando meu sangue e suor por isso, mas nada acontecia. Qualquer rastro de inspiração passava longe de mim. Quando estava perto de conseguir algo, ouço baterem na porta. Eram meus pais, acompanhados de alguns homens de aparência estranha, com braços fortes e roupas brancas.
Meus pais diziam que eles estavam aqui para me levar para descansar um pouco. "Não quero, não preciso descansar! Preciso compôr!" - Gritei. Os homens então me agarraram, mas eu me debatia. Por fim, conseguiram me sedar. Minha visão estava embassada e a única coisa que pude ver, foram meus pais abraçados e minha mãe chorando. Senti meu corpo muito mole e antes que pudesse pensar em algo, apaguei por completo, sem compor a minha música.

(Foto retirada do Google Imagens)

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Os sons do silêncio - 2ª parte

Fechei, então, meus olhos. Deixei que a música saísse por entre meus dedos e passasse pelo piano, chegando, finalmente, ao ouvidos dos que ali estavam. Não sabia qual eram as reações do público. Estava me entregando a essa apresentação. Sentia que meus cabelos tocavam constantemente o meu rosto, devido à força que eu estava empregando ao piano. Cada tecla tocada me fazia querer mais de mim, fortalecia a minha vontade de escrever a sinfonia perfeita. Tudo isso ao som da obra de Chiquinha Gonzaga.
Quando toquei a última nota, abri os olhos e pude, enfim, ver o público. Pareciam espantados. Não aplaudiram, não emitiram som algum. "Fracassei." - foi meu primeiro pensamento. Ao levantar para deixar o auditório,o som de uma pessoa aplaudindo, cortou todo o lugar. Pouco a poucos, as pessoas foram se levantando e me aplaudindo e pouco tempo depois, uma quase interminável salva de palmas entrou em mim como se fossem inúmeras agulhas. Agora o espantado era eu. Não tive reação, não sabia o que fazer até que um dos professores mandou que eu agradecesse. Educadamente me curvei, agradecendo os aplausos.
Ao sair do palco, vi que um grupo de 5 professores conversavam com a intenção de não serem ouvidos, o que me deixou bastante intrigado. Minha mãe me aguardava do lado de fora do auditório para que pudéssemos ir para casa. Durante todo o caminho, fiquei quieto pensado o que aqueles professores estariam falando. Antes mesmo de descer do carro, pude notar que algumas pessoas não tiravam os olhos de mim.
Corri para dentro de casa antes que essas pessoas pudessem dizer alguma coisa. Como não queria perder tempo, tomei um copo d'água e fui me sentar ao piano para tentar escrever a minha tão sonhada sinfonia perfeita. As notas vinham em minha mente, mas não ficavam em harmonia quando tocadas. O tempo passava e a lixeira ia se enchendo com as partituras descartadas. Claves de sol, pausas, claves de fá, bemóis, sustenidos, vinham com tanta força que não conseguia pensar em outra coisa. Fui madrugada adentro tentando passar, sem o menor dos erros, as notas que vinham a minha mente para o piano.
Quando me dei conta, o sol já estava alto e havia perdido o horário das aulas. Não importei. Não saio mais de casa, até que tenha composto a mais perfeita sinfonia que o mundo já ouviu! Ninguém irá me impedir! Ou não me chamo Rodolfo Marques Lopes.



(Fotografia retirada do Google Imagens)

sábado, 20 de julho de 2013

Os sons do silêncio - 1ª parte

Quando eu nasci, no momento em que vi as luzes do centro cirúrgico, percebi que era diferente. Meus ouvidos já captavam todo os sons a minha volta. Tais sons me pareciam tão incríveis que me impediram de chorar, mesmo quando o médico deu o famoso "tapinha" em mim.
Essa incrível percepção para sons, me acompanhou por toda a vida. Lembro-me, vagamente, que, quando criança, só me acalmava com brinquedos e jogos que produziam algum tipo de música. Por volta dos 12 anos, vendo minha paixão pela música, minha mãe me matriculou em aulas de piano. Dona Aracy, a professora, ficou quase que espantada, quando, na primeira aula, eu toquei "O Galope do Diabo", de Jean-Lous Gobbaerts, sem nunca ter ouvido tal melodia.
O tempo foi passando, deixei as aulas de Dona Aracy e comecei a aprender por conta própria. Devido a isso, não saía para brincar com outras crianças, sendo assim, não tinha amigos. Meus melhores amigos eram Beethoven, Rachmaninoff e Bach, sem desmerecer outros tantos. Por quase não sair, apenas para ir à escola, as crianças do bairro viviam mexendo comigo e me colocando apelidos de mau gosto. "Nerd!", dizia a loirinha dos cabelos cacheados que morava na casa em frente a minha. "Maluco!", dizia o menino ruivo e com sardas que morava no final de nossa rua. Isso me chateava um pouco, mas a música me fazia perceber que eu não era aquilo que diziam. Era uma criança normal, que a essa altura do tempo já tinha o próprio piano de cauda, presente de minha avó materna, que também era uma amante da música.
Quando fiz 18 anos, fui estudar na Academia de Música da nossa cidade. Ver os corredores cheios de jovens músicos, com suas partituras à mão e a música que saía de cada sala, me deixava leve de espírito. Finalmente eu estava em um lugar que deixava confortável. Para mim, as matérias do curso que escolhi pareciam tão desnecessárias quanto ir a uma festa numa casa de show. Não sei explicar, mas tudo o que os professores diziam já era de meu conhecimento. Enquanto alguns alunos se desdobravam entre uma matéria e outra, eu já pensava em compor minha primeira obra. Os intervalos eram reservados para descansos e alimentação, mas eu preferia ficar no auditório tocando Chiquinha Gonzaga. Era essa a minha rotina colegial.
Ao final das aulas, quando chegava em casa, ia direto ao piano para tocar todas as sinfonias que me eram apresentadas. E ali ficava por horas, até que minha mãe me chamasse para uma última refeição. Meu quarto parecia não ter chão, por tantas letras e partituras que estavam espalhadas. Ao lado de meu piano, meus pais colocaram uma pequena mesa para que eu pudesse compor. Mas fosse na mesa ou sentado ao piano, não conseguia compor a sinfonia perfeita. Prova disso era o lixo, que tinha muito papel amassado e descartado. Eu sempre me perguntava o porquê de ter um ouvido apuradíssimo para música e não conseguir compor alguma coisa decente.
Assim aconteceu por 2 anos, quando tive meu primeiro concerto na Academia, para professores e alunos. Agora com 20 anos, o que parecia ser fácil, estava se tornando um martírio. Me incomodava ter o repertório, de meu primeiro concerto, apenas com músicas de nomes já consagrados. Eu queria ter as minhas próprias peças.
As cortinas se abriram e, mesmo contra minha vontade, tive que entrar e tocar para todos que estavam sentados nas poltronas do auditório. Os olhos dos alunos e professoras pareciam estar atentos a qualquer erro que eu cometesse, mas isso não foi suficiente. Fechei os olhos e comecei com "O corta-jaca", de Chiquinha Gonzaga.

(Fotografia retirada do Google Imagens)