sábado, 6 de novembro de 2010

Mineiro

Vais morrer, mineiro
Terminou o pequeno e triste
Tempo em que só fostes
Morador de um agulheiro.

Se pode expressar, aviso,
Uma sentença segura:
Que em sua morada futura
Não haverá muita diferença,
Pois a mina foi em essência
Tua primeira sepultura.

Este foi teu triste destino,
Ao perfurar buracões,
Foram teus mesmos pulmões
Covil do assassino.

Poeira cara...Poeira fina...
Poeira má...Poeira traiçoeira
E vais morrer, mineiro
Sem saber que quem te mata
É a poeira da sua prata
Que nunca foi teu dinheiro

Poema do mestre Roberto Bolaños (Chespirito) traduzido e adaptado.

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