sábado, 25 de dezembro de 2010

O conto do caipira

Não se sabe como, não se sabe quando. Só se sabe que aquele misterioso homem apareceu por essas bandas para nos acalmar em tempos tão difíceis pelo qual passávamos.
Zé, era um típico caipira que tocara a campanhia de nossa casa para, como ele mesmo disse: "Eu posso cuidar do seu jardim, lavar as janelas, enfim, tudo em troca de um prato de comida quente." Quando ele se referiu à temperatura do prato de comida, não resisti e o contratei, mesmo sem que minha mãe soubesse.
Brigas, desentedimentos, idas e vindas aconteciam, e Zé trabalhando. Teve um dia que, chorando,Zé se pôs a conversar comigo querendo entender o motivo de meu pranto.
- Briguei com meu pai.
- Sabe, jovem, quando eu tinha idade também briguei com meu pai. Eu queria dar lavagem aos porcos um pouco mais cedo para poder aproveitar um roda de sanfona que estava acontecendo no pátio de nosso humilde sitio. Ele disse que não e eu, por se muito jovem e um pouco rebelde, o xinguei de tudo quanto é nome que existia e em seguida sai de casa para arejar a cabeça.
- Mas o que o senhor fez depois?
- Bom, depois de esfriar a cabeça, voltei para casa e pedi desculpas a meu pai e prometi que nunca mais voltaria a chamá-lo como chamei.
- E o senhor cumpriu essa promessa?
- Bom, não, porque quando eu cresci, não quis mais morar com meus pai e isso gerou outra briga que me fez xingá-lo novamente.
- Não entendo.
- Simples, o que eu quero dizer é que não importa o número de vezes que você e seus pais se desentendam, o que importa é que vocês sempre voltam a se entender, do jeito de vocês, mas voltam.
- O senhor tem razão, Seu Zé. Vou agora pedir desculpas a meu pai.
Logo em seguida, me levantei. Antes de cruzar a porta, me virei para agradecer as sábia palavras de Seu Zé, mas quando me virei ele já não estava mais lá e no lugar que estava apenas se encontrava uma linda rosa.
Não se sabe como, não se sabe quando. Só se sabe que aquele misterioso homem apareceu por essas bandas para nos acalmar em tempos tão difíceis pelo qual passávamos. E nos acalmou.

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