quarta-feira, 8 de abril de 2009

Um cubo de madeira

Um cubo de madeira
(Pedro de Abreu)

Sou um simples cubo de madeira
quadrado e quem sabe, oco
Me descubro muito pouco,
é assim, à minha maneira.

Não me mexo,
não falo,
não deixo,
apenas calo.

Quando me pegam
usam de todos os jeitos
para todos os feitos
mas nunca me levam.

Não sinto,
não vejo,
não minto,
somente desejo

Desejo ser um boneco,
ou então um briquedo,
que não escape pelo seu dedo
às vezes eu peco.

Peco sem saber pecar,
quebro quando não devo
não tenho cores em relevo,
gostaria de saber amar!


Enfim, sou um cubo de madeira
buscando um verniz
contra o mal que fiz
sempre falando asneiras!

3 comentários:

  1. Tive vários motivos para escrever esse poema "porco".
    O espaço e a ernegia ao me redor não contribuiram para que saísse uma coisa respeitavel!

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  2. vc é mesmo muito podre...
    não sabe admirar nem uma obra propriamente sua...
    eu não achei o poema porco, achei VOCÊ porco isso: "Desejo ser um boneco,
    ou então um briquedo,
    que não escape pelo seu dedo
    às vezes eu peco."

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