- Deixa eu te ver, amor.
- Ah...pára. Eu acabei de acordar.
- Olha pra mim, amor. Quero lembrar de você.
Surge então um enorme sorriso naquela face simétrica, de modo que a barba por fazer estava em perfeita sintonia com os lábio carnudos e levemente avermelhados e também com o cabelo liso que lhe caía sobre a testa. Leonardo, mais conhecido como Léo, era considerado por muitos como um Narciso contemporâneo. Além de ter uma beleza nunca vista antes, era também simpático, carinhoso e responsável. Pequenas coisas, como pagar uma conta ou ir ao supermercado, eram feitas por ele.
Ícaro também era um rapaz muito bonito. Seu cabelos, negros como uma noite de verão, eram penteado de modo que ficavam arrepiados. Seu corpo delgado mostrava claros sinais de quem acabara de passar pelos 20 anos. Era forte, decidido e ousado. Tomava decisões com a sensatez de uma pessoa mais velha.
O amor entre Léo e Ícaro não era discutido. Era sentido, logo, era vivido de forma tão intensa que nada mais importava para eles. Dividiam um apartamento a 1 anos, mas estavam juntos a quase longos e prazeroso 4 anos.
O apartamento em que viviam era simples mas fora planejado com a delicadeza de um lírio. Cada objeto foi muito bem pensado antes de finalizada uma compra. A sintonia de ambos era inexplicável, assim como suas diferenças. Prova disso é que as miniaturas de animas da Savana africana, de Ícaro, conseguiam ficar em harmonia com as fotografias de grandes cantoras do passado, de Léo. Ambas coleções completavam o apartamento que misturava modernidade com rusticidade.
Vivam como um casal. Partilhavam emoções, experiências, tristezas, felicidades e acima de tudo, partilhavam de um amor tão grande que era inveja de muitas pessoas.